Você já deve ter ouvido falar que “obra é sinônimo de estresse”, que “prazos não são cumpridos” e que “orçamento precisa ser revisto” a cada fase da construção. Também já imaginou o canteiro de obra como um ambiente inóspito, molhado, confuso e que se eterniza por muitos meses na sua memória visual. Você só se pergunta quando aquilo vai acabar. Claro que esse cenário depende muito de quem está executando a obra, mas a regra geral é essa.
Agora esqueça tudo isso se você optar por construir no sistema Light Steel Frame, também conhecido pela sigla LSF ou pela forma reduzida Steel Frame. Trata-se de um sistema construtivo a seco e altamente industrializado. A estrutura (armação) é montada com perfis de aço galvanizado e revestida com placa cimentícia ou OSB. Também se usa gesso acartonado na face interna das paredes, mas na verdade a cada dia surgem novas opções de placas no mercado. No meio das placas, vai uma camada de lã de rocha, o que proporciona mais conforto térmico e acústico aos cômodos.
Ou seja: você verá um canteiro de obra limpo, seco e organizado, com menos desperdício de material. Verá também a obra andando rápido e — melhor ainda — rigorosamente dentro do orçamento previsto. A economia de água, por exemplo, chega a 90% em relação a obras de alvenaria. E o custo das fundações é 30% menor por se tratar de uma estrutura mais leve. Além disso, os materiais utilizados no sistema são menos agressivos ao meio ambiente e podem ser reciclados em sua grande maioria.
O diferencial do Steel Frame
Mas o diferencial do Steel Frame começa antes do canteiro de obra. Já na fase inicial do projeto, com os primeiros esboços desenhados a partir do seus gostos e desejos, ficará maravilhado com a flexibilidade e versatilidade do sistema, que permite ao arquiteto total liberdade de criação, resultando em designs arrojados e de expressão marcante. Variados estilos de desenho arquitetônico podem entrar no projeto. É como se bastasse apenas imaginar para a construção dos sonhos virar realidade — e mais rápido do que você espera.
Aqui, vale destacar que a rapidez na estrega da obra não é apenas uma questão de satisfação pessoal por receber a chave da casa mais cedo, mas se trata também de uma vantagem financeira mesmo: o empreendimento fica mais barato e, no caso de investidores e incorporadoras, a liquidez do investimento dá fôlego para novos negócios.
E por falar em fôlego, a manutenção de um ambiente em Steel Frame está longe de ser uma atividade cansativa. Ao contrário: é fácil, breve, silenciosa e sem sujeira. Quebrar parede, por exemplo, nunca mais. Deu problema elétrico ou hidráulico em qualquer ponto da casa? Basta retirar uma placa interna ou externa da parede, consertar, recolocar a placa e está pronto.
Modelo em expansão
Bem, você deve estar se perguntando: se esse sistema é tão bom, por que ainda não dominou o mercado? A pergunta é pertinente. Embora seja uma tecnologia construtiva bastante usada na Europa e nos Estados Unidos — onde existe desde o século 19 — o Steel Frame patina no Brasil, sobretudo no segmento residencial. Mar tem crescido na construção de escritórios, prédios públicos (hospitais, escolas, complexos esportivos) e edificações industriais.
Todas as vantagens do Steel Frame relatadas acima não foram suficientes para vencer duas barreiras: a falta de mão de obra especializada e a aceitação cultural. A primeira barreira está ligada ao fato de o sistema ser altamente industrializado e requerer domínio técnico na montagem das peças. Em todo caso, a cada dia surgem novos cursos na área, e o mercado deve encontrar o equilíbrio. Já para a segunda barreira cair é uma questão de tempo. Depois que as construções em LSF forem se avolumando, será impossível negar que a característica-chave do nosso tempo — a sustentabilidade — não está no modelo construtivo tradicional.